A segunda edição do Brazilian iGaming Summit foi realizada nos dias 28 e 29 de junho de 2022 em São Paulo. No evento, diversos fãs, tipsters, empresários e entusiastas de casas de apostas se reuniram para discutir diferentes temas envolvendo o mercado de apostas esportivas brasileiro.
O evento foi realizado no Espaço Boulevard JK e já havia estourado a capacidade de expositores semanas antes de iniciar. Segundo estimativas da organização, compareceram mais de 800 pessoas trocando experiências, debatendo temas importantes sobre as apostas esportivas e criando networking.
Evento contou com participantes de 16 países
Um dos aspectos que chamou a atenção quanto a segunda edição do Brazilian iGaming Summit (BiS) foi a presença de pessoas de 16 países. Muito além de representantes de países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia, profissionais da Europa também cruzaram o Atlântico para participar desse evento.
Alguns dos outros países que também tiveram representação no Brazilian iGaming Summit foram Inglaterra, Espanha e Portugal. A participação de profissionais de diferentes localidades trouxe um aspecto multicultural importante para o evento, permitindo que diferentes opiniões fossem compartilhadas com base em conhecimento de mercado.
Premiações para operadores em destaque
Ao longo da segunda edição do BiS, alguns operadores de apostas e jogos online foram premiados pela qualidade de seus serviços. Entre as premiações, vimos o destaque da casa de apostas Pixbet. Segundo os participantes, o site que recentemente lançou sua seção Pixbet eSports teve destaque no quesito patrocinador do ano, algo que podemos notar com sua grande presença na mídia.
O evento contou com diversas outras categorias que também permitiram a participação de casas de apostas mais populares, bem como outras que estão na etapa inicial de seus serviços. Além disso, profissionais envolvidos nesse mercado também foram reconhecidos pela organização do evento.
Novas abordagens são exploradas por palestrantes
Um dos temas mais abordados pelos palestrantes foi a necessidade de adaptação das casas de apostas quanto ao mercado brasileiro. Segundo os profissionais que apresentaram esse tema aos visitantes, é necessário ir além de uma simples tradução do site de apostas para o mercado brasileiro.
Em um dos painéis, foi comentada a necessidade de regionalizar o produto com base nas expectativas dos consumidores. Dessa forma, a casa de apostas consegue oferecer a melhor experiência para o apostador brasileiro. Caso contrário, um site de apostas pode ter problemas ao ganhar espaço no mercado de apostas online do Brasil.
Um dos desafios das casas de apostas é adaptar-se ao mercado brasileiro, considerando suas culturas regionais distintas. Pelo fato de o mercado de apostas no Brasil ainda estar em fase de desenvolvimento, os profissionais acreditam que ainda há muito que aprender sobre como oferecer a melhor experiência ao apostador brasileiro.
Atualmente, uma simples tradução de um site de apostas não é suficiente para fazer com que ele tenha destaque no cenário nacional. Muito além de traduzir, é necessário localizar o site oferecendo métodos de pagamentos populares entre os brasileiros, aceitando depósitos em reais, via Pix, entre outros aspectos de uma localização de qualidade.
Reputação das apostas também é abordada
As barreiras de entrada existem em qualquer mercado e no de apostas esportivas não é diferente. Por isso, esse tema também foi abordado no BiS. De acordo com Ricardo Magri, Diretor Comercial da Eightroom, a necessidade de suavizar questões negativas que envolvem as apostas online é essencial para o desenvolvimento dessa atividade no Brasil.
“O meu trabalho era mais focado em suavizar questões como o esporte considerar o mundo das apostas algo pejorativo combatendo temas como máfia de jogos, das apostas.” – comentou Ricardo. Ao vencer essa barreira, o mercado das apostas no Brasil ganhou força e tem se tornado cada vez mais popular entre os brasileiros.
Adotando um enfoque no marketing de afiliação, as casas de apostas conseguiram parceiros para divulgarem seus conteúdos usando conteúdo nativo. No entanto, Ricardo também comentou que é necessário diversificar as abordagens para que uma casa de apostas consiga sucesso na internet.
Regulamentação não ficou de fora
Um dos temas que segue em destaque no cenário nacional é a regulamentação das apostas esportivas. Afinal, muitas casas de apostas aguardam que o governo brasileiro crie diretrizes para que empresas desse ramo possam adquirir licença de operação para oferecer os seus serviços no Brasil.
Ao abordar sobre o tema, Paulo Saad, presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, comentou sobre as vantagens que o desenvolvimento de uma regulamentação sobre apostas esportivas podem trazer para o mercado. De acordo com o presidente, o Brasil perde ótimas oportunidades de arrecadar mais impostos.
Um dos membros do Ministério da Economia presente na segunda edição da segunda edição do BiS, Iuri Castro, comentou que o enfoque tem sido criar diretrizes específicas para combater a lavagem de dinheiro e oferecer bases quanto ao jogo responsável. A ideia, segundo Iuri, é se basear em cases de sucesso internacionais e adequá-los ao Brasil.
Criptomoedas são tendência nas apostas
Outro tema abordado pelos expositores do BiS foram as criptomoedas. Presente em diversas casas de apostas, as moedas digitais oferecem algumas vantagens para quem faz depósitos e saques, bem como permitem que a casa de apostas tenha menores custos relacionados aos pagamentos.
Segundo Fábio Tibéria, Business Developer da FT Consulting, as criptomoedas já superaram meios de pagamentos mundialmente populares em volume de transações. O crescimento no número de usuários, bem como a facilidade de uso e maior segurança são alguns diferenciais que as moedas digitais oferecem para o apostador brasileiro.
Para que as criptomoedas se tornem definitivamente populares entre os apostadores brasileiros, é necessário que o brasileiro as veja com bons olhos. Ou seja, é necessário que o apostador brasileiro tenha nas moedas digitais um método de pagamento popular, assim como transferência bancária e Pix já são.
Segundo estimativas de entusiastas do ramo de criptomoedas que participaram da segunda edição do BiS, os anos de 2022 e 2023 serão muito importantes para que as moedas digitais ganhem ainda mais espaço nesse mercado. Afinal, esse momento é considerado ideal, de acordo com os expositores, para que elas sejam regularmente utilizadas por brasileiros.